Nesta apresentação, criou-se um espaço de debate e reflexão, em conjunto com todos os presentes, sobre a utilização da técnica da sementeira direta de uma forma sustentada, agronómica, ambiental e economicamente, na instalação e no melhoramento de pastagens. Devido à preocupação pela sustentabilidade económica e ambiental das explorações e, em particular com o risco de degradação do solo, abandona-se, assim, o sistema convencional de instalação de culturas com recurso à mobilização do solo, transitando para a agricultura de conservação. A agricultura de conservação, baseada na sementeira direta, retorno dos resíduos das culturas ao solo e na rotação das culturas, é um sistema que visa precisamente a proteção e melhoria das funções do solo. Apresenta-se, desta forma, a sementeira direta como a agricultura que tenta conciliar produtividade com sustentabilidade, numa solução para o cenário atual onde o principal desafio será produzir e fornecer o alimento necessário, seguro e nutritivo, de uma forma sustentável para uma população mundial crescente.

 A apresentação do livro esteve a cargo de Mário Carvalho, especialista em agricultura de conservação e também docente no Departamento de Fitotecnia da UÉ, que alertou para as dificuldades de sustentabilidade que a agricultura portuguesa enfrenta, evidenciando a urgência de aumentar o acesso ao conhecimento, por parte de técnicos e empresários agrícolas, no que respeita aos sistemas de agricultura de conservação. Reforçou ainda a importância deste livro como veículo de difusão de conhecimento necessário relativamente a estes sistemas.