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Trimestral | Nº 02 - 2016
Divulgação Científica

Divulgação Científica

O azeite Português representa 5-7% da produção mundial, sendo reconhecido pela sua alta qualidade. Manter a tipicidade do produto é por isso fundamental e só pode conseguir-se com a utilização das variedades autóctones. Um conhecimento aprofundado das suas características culturais e a melhoria da sua performance produtiva é por isso obrigatório. 

Em cerca de 53% dos solos com potencial agrícola e florestal do país e cerca de 70% dos solos ocupados por o montado, a fertilidade é muito baixa e a sua acidez acentuada, pelo que as pastagens naturais estão normalmente muito degradadas, compostas por um número reduzido de espécies herbáceas, com produtividades muito baixas. O sucesso das pastagens semeadas é reduzido, sendo que as espécies semeadas não sobrevivem mais de dois anos.

Historicamente, o rio Mondego representa um importante reduto para os peixes diádromos, que migram entre o mar e o rio para se reproduzir e alimentar. A lampreia-marinha, o sável, a savelha e a enguia-europeia são espécies de elevado interesse socioeconómico e conservacionista, e notáveis iguarias gastronómicas que geram elevadas receitas para as comunidades locais. No entanto, a abundância e distribuição destas espécies em Portugal, e em particular no rio Mondego, tem diminuído nas últimas décadas.

Neste momento, no CHAIA, destacam-se cinco projetos de investigação que mereceram financiamento de entidades externas à Universidade de Évora. Porque esta é a primeira participação do CHAIA na newsletter  do IIFA e porque se considerou que, neste momento, seria mais elucidativo da pluralidade da investigação desenvolvida no CHAIA, optámos por aproveitar esta oportunidade para apresentar estes cinco projetos e não apenas um, como seria expectável.

No âmbito de um projeto FCT, com base em dados da investigação de Carlos Roquete sobre crescimento individual de bovinos mertolengos em regime de pastagem (suplementada quando necessário), construíram-se modelos matemáticos inovadores de crescimento. Do projeto resultaram várias publicações e comunicações internacionais e nacionais da equipa de investigação: Carlos J. Roquete, do ICAAM, Carlos A. Braumann, Patrícia A. Filipe (cuja tese de doutoramento incidiu sobre esta matéria), Clara Carlos e Nuno M. Brites (doutorando), do CIMA. Resultou também uma aplicação informática (gSDE).

Este projecto de investigação tem desenvolvido a sua actividade no contexto de várias escolas portuguesas e brasileiras, assente nas seguintes questões orientadoras: A) De que forma são avaliados os alunos? B) Em que medida as práticas avaliativas de natureza formativa são utilizadas pelos professores? C) Que práticas de ensino e avaliação parecem estar relacionadas com aprendizagens mais significativas por parte dos alunos? D) Como é que a avaliação de natureza formativa se relaciona com a avaliação de natureza sumativa?

A irrigação agrícola é uma atividade de alto consumo energético (24,000 GWh/ano no Sul da Europa) e também de água (70,000Hm3 /ano). Além disto, o impacto ambiental associado à escassez de água é também umas das principais preocupações da União Europeia. No entanto, este não é o único impacto ambiental importante associado à irrigação agrícola. Estima-se que a emissão de CO2 , devido ao consumo de energia de origem fóssil seja mais de 16 milhões de toneladas de CO2  por ano, com um grande impacto numa das principais preocupações da sociedade europeia: as alterações climáticas.