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Trimestral | Nº 03 - 2018
Formação Avançada

Doutoramento em em Ciências da Terra e do Espaço
Alternativas de armazenamento de CO2 no deep offshore da Bacia do Alentejo - a formação de hidratos como factor de segurança
Luís Miguel Bernardes

Alternativas de armazenamento de CO2 no deep offshore da Bacia do Alentejo - a formação de hidratos como factor de segurança

Orientação:  Júlio Ferreira Carneiro

O objectivo desta tese é investigar a viabilidade do armazenamento de dióxido de carbono (CO2) na Bacia do Alentejo, tirando partido das suas condições favoráveis à formação de hidratos de CO2. Consideraram-se três hipóteses de armazenamento: (1) em hidratos nos sedimentos do fundo do mar; (2) em hidratos enquanto produção de metano existente sob forma de hidratos e (3) em aquíferos salinos profundos, abaixo da zona de estabilidade dos hidratos de CO2 para que, em caso de fuga, a formação destes providencie um factor de segurança secundário.A metodologia seguida identifica zonas de estabilidade de hidratos de gás, sendo áreas de foco preferencial. Utilizaram-se duas funções de transferência que descrevem a formação de hidratos, resultando numa sobreposição das áreas de existência de hidratos (metano e CO2) ao longo da margem continental, sendo que a Bacia do Alentejo aí se insere.A análise a dois furos IODP demonstrou que esta área não possui características para injectar CO2. Alternativamente, a injecção de CO2 em aquíferos salinos profundos e a utilização de hidratos enquanto factor de segurança secundário foi investigada através da sua modelação numérica.As simulações estudaram a injecção de CO2 num reservatório e a formação de hidratos, caso haja fuga através de uma falha geológica. Desenvolveu-se um modelo conceptual e numérico simplificado, que não inclui falhas geológicas, utiliza valores petrofísicos médios não específicos do local e implementou-se no TOUGH2.Simulou-se 30 anos injecção a uma taxa de 7,4 Mt/ano e 500 anos após encerramento da injecção, e um cenário de fuga de CO2 por via de uma falha geológica, concluindo que o aumento de pressão devido à injecção de CO2 é admissível, mas não é evidente que se formem hidratos.A aquisição de dados é essencial de modo a definir as possibilidades de utilização desta área para armazenar CO2 em forma de hidratos. Será necessária uma análise sistemática sobre a actual ocorrência de hidratos de gás na zona de estudo por forma a obter uma mais valia económica ao processo, produzindo metano. Só assim é que o armazenamento de CO2 na referida área se torna economicamente viável.

Agenda
III Ciclo de Conferências
From 09.06.2018 | 15:00 to 24.11.2018
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Disseminação do Projeto Cognition & Inclusion na Universidade de Évora, a 1 de outubro de 2018
At 01.10.2018 | 11:00
Published in 27.09.2018
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Published in 26.09.2018