Orientação: Silvério da Rocha Cunha
A ideia subjacente a Globalização assenta no pressuposto de que em relação as sociedades que hoje conhecemos, construídas ao longo dos tempos em episódios diversos da ação humana, pré-existe um todo, uno e pretensamente natural, onde não existem fronteiras nem são conhecidos limites. Nesse paradigma, que organizado sob a batuta do capitalismo se pretende restabelecer, qualquer excesso será automaticamente controlado e corrigido por mecanismos mercantis. Todavia, a realidade desmente tal figurino e no momento em que o sistema capitalista atinge uma fase de corrosão terminal, o impacto da Globalização e devastador. A dinâmica destruidora de equilíbrios naturais e sociais, complica a tarefa daqueles que teimam em fazer a sua defesa e convoca o pensamento a imaginar alternativas e a dar passos no sentido da sua concretização. Através do inventário crítico dos discursos políticos de Serge Latouche, Adela Cortina e Carlos Taibo podemos encontrar pistas para os remédios dessa deriva da Globalização. Que através delas e da sua discussão se possam construir opções onde se reconheçam possibilidades de vivência coletiva harmoniosa. Para que um novo projeto emancipatório possa conhecer a luz do dia, apesar da sombra!