Doutoramento em Arqueologia
Megalitismo e Povoamento entre o Zêzere e o Tejo na Região de Castelo Branco | Identidades
João Carlos Pires Caninas

Orientação:  Jorge de Oliveira

Identifica-se e caracteriza-se o povoamento durante a Pré-História Recente de território situado na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, nos concelhos de Castelo Branco, Oleiros, Idanha-a-Nova, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, entre o rio Tejo e o rio Zêzere. Esta caracterização baseia-se num catálogo de 352 sepulturas, exclusivamente de tipo monticular, com dimensões muito variadas e, inúmeros casos, dotadas por vezes de contentores funerários ortostáticos. Este acervo é contextualizado com sítios de habitat e espaços dotados de expressões gráficas (arte rupestre). O enquadramento geográfico põe em evidência a distribuição daqueles sítios por um território com variabilidade geológica e principalmente morfológica, ilustrada por uma escadaria tectónica, em três degraus, que condiciona outros factores ambientais, nomeadamente climáticos. No enquadramento historiográfico identificam-se os principais protagonistas da investigação destes sítios, desde o final do século XIX até ao presente. São discutidos os factores de variabilidade no conhecimento das estruturas funerárias na área de estudo, que denota uma assimetria na sua distribuição, resultante fundamentalmente dos diferentes percursos de investigação e de diversos estados de conservação, resultantes de diferentes modos de uso do espaço até à actualidade, impondo efeitos destrutivos muito diferenciados, superiores nas áreas agrícolas. Apesar dessas assimetrias, a conjugação da informação acerca das ocupações funerárias, habitacionais e gráficas, sugerem uma plena ocupação deste território a partir do Neolítico e uma diacronia funerária, para a qual não existem datações absolutas, entre o Neolítico Antigo evolucionado e o Bronze Final. A abordagem das 30 sepulturas pré-históricas sujeitas a sondagens ou escavações arqueológicas foca-se na caracterização das tipologias construtivas e na análise da tipologia dos artefactos rituais nelas recolhidos e fundamenta a delimitação de três subgrupos regionais correspondentes, respectivamente, ao concelho de Oleiros, aos concelhos de Proença-a-Nova e de Vila Velha de Ródão e ao sector meridional do concelho de Idanha-a-Nova. 

Identifica-se e caracteriza-se o povoamento durante a Pré-História Recente de território situado na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, nos concelhos de Castelo Branco, Oleiros, Idanha-a-Nova, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, entre o rio Tejo e o rio Zêzere. Esta caracterização baseia-se num catálogo de 352 sepulturas, exclusivamente de tipo monticular, com dimensões muito variadas e, inúmeros casos, dotadas por vezes de contentores funerários ortostáticos. Este acervo é contextualizado com sítios de habitat e espaços dotados de expressões gráficas (arte rupestre). O enquadramento geográfico põe em evidência a distribuição daqueles sítios por um território com variabilidade geológica e principalmente morfológica, ilustrada por uma escadaria tectónica, em três degraus, que condiciona outros factores ambientais, nomeadamente climáticos. No enquadramento historiográfico identificam-se os principais protagonistas da investigação destes sítios, desde o final do século XIX até ao presente. São discutidos os factores de variabilidade no conhecimento das estruturas funerárias na área de estudo, que denota uma assimetria na sua distribuição, resultante fundamentalmente dos diferentes percursos de investigação e de diversos estados de conservação, resultantes de diferentes modos de uso do espaço até à actualidade, impondo efeitos destrutivos muito diferenciados, superiores nas áreas agrícolas. Apesar dessas assimetrias, a conjugação da informação acerca das ocupações funerárias, habitacionais e gráficas, sugerem uma plena ocupação deste território a partir do Neolítico e uma diacronia funerária, para a qual não existem datações absolutas, entre o Neolítico Antigo evolucionado e o Bronze Final. A abordagem das 30 sepulturas pré-históricas sujeitas a sondagens ou escavações arqueológicas foca-se na caracterização das tipologias construtivas e na análise da tipologia dos artefactos rituais nelas recolhidos e fundamenta a delimitação de três subgrupos regionais correspondentes, respectivamente, ao concelho de Oleiros, aos concelhos de Proença-a-Nova e de Vila Velha de Ródão e ao sector meridional do concelho de Idanha-a-Nova.