Orientação: Maria João Marçalo & Pedro Balaus Custódio
Este trabalho reflete, analisa e trata de questões de ordem institucional e metodológica com relação à língua portuguesa como língua estrangeira e seu ensino na esfera das universidades italianas, combinadas com as experiências da autora. Partiu da iniciativa de construir o conhecimento a partir anotações da experiência de mais de 16 anos de ensino da língua em Itália. Com esse trabalho pretende-se dar voz à prática como construção de métodos didáticos abertos e interativos, que proporcionem participação e engajamento na relação docente e discente. Para isso, estabeleceu-se um processo exploratório e integrador tendo como base a inventividade, dentro de uma proposta de avaliação de nível linguístico. Utilizou-se de pesquisas qualitativa e quantitativa, refletindo sobre as novas tecnologias do contexto educacional, e suas perspectivas teóricos conceituais. Somou-se aos conceitos de linguística aplicada a contribuição de outras disciplinas investigando o ensino da lingua portuguesa como língua estrangeira. Conclui-se a necessidade de buscar resultados através do cruzamento de fatores que envolvem temas diversos. A formação e o papel do docente na estrutura educacional, o conhecimento e utilização das novas tecnologias, a escolha do material didático são alguns deles. Notou-se a importância da forte compreensão de como o sistema educacional é organizado e o que se espera do ensino da língua enquanto ferramenta de comunicação na sociedade globalizada. Nesse contexto, o ensino/aprendizagem não se limita apenas no ato da aula, mas especialmente naquilo que a aula pode proporcionar enquanto referência de vivência na consolidação de um novo código.
Palavras-chave: Ensino do português como LE na Itália, novos cenários da didática, relato de práticas de ensino.