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Trimestral | Nº 02 - 2019
Formação Avançada

Doutoramento em História: Mudança e Continuidade num Mundo Global (Inter-Universitário - PIUDhist)
O HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS História, Memória e Património Arquivístico (Sécs. XVI-XVIII)
Rute Isabel Guerreiro Ramos

O HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS  História, Memória e Património Arquivístico  (Sécs. XVI-XVIII)

Orientação:  Laurinda Abreu & Pedro Penteado 

Delineado por D. João II em 1479 e inaugurado por D. Manuel I em 1501, o Hospital de Todos os Santos foi o maior e mais importante Hospital português do período moderno. É em torno da sua história, memória e património arquivístico que se desenvolve esta dissertação de doutoramento. O estudo, genericamente balizado entre a fundação do Hospital, no Rossio, e a sua transferência para o Colégio de Santo Antão, em 1775, já sob a designação de Hospital de S. José, foca-se em três fases cruciais na vida da instituição: criação; passagem para a administração da Misericórdia de Lisboa (1564) e período subsequente, e por fim, intervenção pombalina, pós-terramoto de 1755. Como sobreviveu o Hospital de Todos os Santos ao longo de mais de três séculos? Qual foi a sua base patrimonial e como evoluiu? Que estratégias foram implementadas para o manter a funcionar? Que tipo de relacionamento teve com a Coroa durante o tempo em análise? Como é que interagiu com os mais agentes com quem se relacionava? Como foi criada a memória documental da instituição? Como é que o arquivo do hospital serviu de suporte às suas atividades? Como foi construído o seu património arquivístico? Estas são algumas das questões a que procurámos responder recorrendo a um vasto conjunto de fontes, maioritariamente do arquivo do Hospital. No decorrer da análise demonstraremos, entre outros resultados, que o Hospital sempre privilegiou a assistência ao corpo. Revelaremos também a sua estrutural fragilidade patrimonial, malgrado todas as rendas, privilégios e isenções concedidas pela Coroa e pelos monarcas. Neste sentido, daremos particular importância àquela que foi uma das suas principais fontes de rendimento e que mereceu ao Hospital os maiores cuidados em termos de arrecadação: os bens provenientes das doações consignadas a legados pios. Palavras-chave: Hospital de Todos os Santos, Misericórdias, Assistência, Pobreza, Arquivo

Delineado por D. João II em 1479 e inaugurado por D. Manuel I em 1501, o Hospital de Todos os Santos foi o maior e mais importante Hospital português do período moderno. É em torno da sua história, memória e património arquivístico que se desenvolve esta dissertação de doutoramento. O estudo, genericamente balizado entre a fundação do Hospital, no Rossio, e a sua transferência para o Colégio de Santo Antão, em 1775, já sob a designação de Hospital de S. José, foca-se em três fases cruciais na vida da instituição: criação; passagem para a administração da Misericórdia de Lisboa (1564) e período subsequente, e por fim, intervenção pombalina, pós-terramoto de 1755. Como sobreviveu o Hospital de Todos os Santos ao longo de mais de três séculos? Qual foi a sua base patrimonial e como evoluiu? Que estratégias foram implementadas para o manter a funcionar? Que tipo de relacionamento teve com a Coroa durante o tempo em análise? Como é que interagiu com os mais agentes com quem se relacionava? Como foi criada a memória documental da instituição? Como é que o arquivo do hospital serviu de suporte às suas atividades? Como foi construído o seu património arquivístico? Estas são algumas das questões a que procurámos responder recorrendo a um vasto conjunto de fontes, maioritariamente do arquivo do Hospital. No decorrer da análise demonstraremos, entre outros resultados, que o Hospital sempre privilegiou a assistência ao corpo. Revelaremos também a sua estrutural fragilidade patrimonial, malgrado todas as rendas, privilégios e isenções concedidas pela Coroa e pelos monarcas. Neste sentido, daremos particular importância àquela que foi uma das suas principais fontes de rendimento e que mereceu ao Hospital os maiores cuidados em termos de arrecadação: os bens provenientes das doações consignadas a legados pios. 

Palavras-chave : Hospital de Todos os Santos, Misericórdias, Assistência, Pobreza, Arquivo