Orientação: Maria de Deus Beites Manso & Suely Creusa Cordeiro de Almeida
A expansão marítima, seguida pela expansão terrestre dos portugueses na África e América, propiciou, pela primeira vez na História, uma ligação entre os mais distantes sertões de um e outro continente. Embora em ritmos diferentes, concomitantemente, os colonizadores portugueses dirigiam-se tanto para o interior da África quanto para o interior da América. Tratando-se especificamente do Reino de Angola (África portuguesa) e da Capitania de Pernambuco (América portuguesa), pessoas e culturas de duas sociedades coloniais em formação passaram a transitar de um lugar para o outro, tanto sofrendo mudanças quanto mantendo certas permanências em cada um dos lugares aonde chegavam. O objetivo geral deste trabalho é analisar as conexões existentes entre Pernambuco e Angola na passagem do século XVIII para o XIX, procurando mostrar que ambos mantiveram entre si profundas relações, e elas foram bem além das linhas costeiras dos respectivos territórios; ou seja, as relações abarcavam também (embora de forma menos intensa) os sertões: lugares distantes, de limites incertos, o interior, “o coração das terras”, situados às margens dos principais centros de poder de Pernambuco (Recife e Olinda) e Angola (Luanda e Benguela). Para este estudo, opta-se por seguir a linha da história sociocultural, que permite analisar a cultura material, as práticas, as representações e os trânsitos culturais entre diferentes povos, sociedades e indivíduos. Em termos metodológicos, adota-se a concepção da história conectada, que procura superar estudos comparativos tradicionais e analisa, a partir de um fio direto, as flexibilidades do espaço e as histórias paralelas entre distantes regiões. Desse modo, embora separados pela vastidão do Oceano Atlântico e por extensas faixas de terra dos continentes, os sertões de Pernambuco e de Angola conectavam-se a um espaço complementar pertencente ao Império Português.Palavras-chave: Sertões de Pernambuco. Sertões de Angola. Império Português. Conexões. Séculos XVIII e XIX.
A expansão marítima, seguida pela expansão terrestre dos portugueses na África e América, propiciou, pela primeira vez na História, uma ligação entre os mais distantes sertões de um e outro continente. Embora em ritmos diferentes, concomitantemente, os colonizadores portugueses dirigiam-se tanto para o interior da África quanto para o interior da América. Tratando-se especificamente do Reino de Angola (África portuguesa) e da Capitania de Pernambuco (América portuguesa), pessoas e culturas de duas sociedades coloniais em formação passaram a transitar de um lugar para o outro, tanto sofrendo mudanças quanto mantendo certas permanências em cada um dos lugares aonde chegavam. O objetivo geral deste trabalho é analisar as conexões existentes entre Pernambuco e Angola na passagem do século XVIII para o XIX, procurando mostrar que ambos mantiveram entre si profundas relações, e elas foram bem além das linhas costeiras dos respectivos territórios; ou seja, as relações abarcavam também (embora de forma menos intensa) os sertões: lugares distantes, de limites incertos, o interior, “o coração das terras”, situados às margens dos principais centros de poder de Pernambuco (Recife e Olinda) e Angola (Luanda e Benguela). Para este estudo, opta-se por seguir a linha da história sociocultural, que permite analisar a cultura material, as práticas, as representações e os trânsitos culturais entre diferentes povos, sociedades e indivíduos. Em termos metodológicos, adota-se a concepção da história conectada, que procura superar estudos comparativos tradicionais e analisa, a partir de um fio direto, as flexibilidades do espaço e as histórias paralelas entre distantes regiões. Desse modo, embora separados pela vastidão do Oceano Atlântico e por extensas faixas de terra dos continentes, os sertões de Pernambuco e de Angola conectavam-se a um espaço complementar pertencente ao Império Português.
Palavras-chave: Sertões de Pernambuco. Sertões de Angola. Império Português. Conexões. Séculos XVIII e XIX.