Orientação: Benoît Gibson & Etienne Lamaison
Este estudo baseia-se na obra HARLEKIN de K. Stockhausen, assinalando o significado e a relevância de uma interpretação, na qual existe um cruzamento entre as artes de palco, nomeadamente, entre a Música, o Teatro e a Dança. Esta interligação é, na referida partitura, realizada em simultâneo e por um único intérprete, ganhando relevo quando se procede a um pensamento interpretativo que defende a inexistência de uma hierarquia artística, que possa ser consequente da formação base do intérprete. A análise conjunta das transformações do discurso musical e das didascálias deixadas pelo compositor, assim como a observação de seis interpretações vídeo permitiram aferir uma nova abordagem no trabalho do intérprete, sendo, por isso, propostas metodologias para o desenvolvimento de novas competências interpretativas. Para além da referida revolução no papel do intérprete, são igualmente apresentadas as consequências sonoras resultantes desta escrita de Stockhausen, que converge a linha da melodia do clarinete, com indicações de cena e com ritmos de sapateado.
Palavras Chave: Stockhausen; HARLEKIN; Convergência artística; Consequências interpretativas