Orientação: António Ricardo Mira & Ramón Pérez Parejo
O ensino e a aprendizagem de línguas próximas são aa áreas temáticas deste trabalho. Focalizamo-nos nas interferências da Língua Materna (L1) na interlíngua dos alunos e, simultaneamente, na recuperação dos “drills” (alvos de preconceito didático). No ensino-aprendizagem do Português e do Espanhol, persistem múltiplos erros, ou “fossilizações” (Selinker, 1971), que sugerem “transferência negativa” de L1 (Martínez Agudo, 2004). Sustentados na literatura a respeito, reconhecemos-lhe dificuldades acrescidas, decorrentes, entre outros fatores, do “mito da facilidade” (Almeida Filho, como citado em Alonso Rey, 2005), requerendo, assim, adaptações didáticas que minimizem a interferência.Com o advento da abordagem comunicativa, o ensino-aprendizagem da gramática foi desprezado e, com ele, descartados, os drills enquanto ferramentas didáticas. No entanto, investigações recentes, como as de Sánchez Carrón (2015) ou López García (2016), sugerem uma revisão crítica dos enfoques comunicativos, recomendando uma colaboração entre modelos, na medida em que a mudança de paradigmas no ensino-aprendizagem das línguas supôs, inexoravelmente, a marginação dos seus antecedentes (Mira & Mira, 2002). Nesta linha investigativa, inscreve-se esta tese, dando a conhecer a importância do uso programado dos drills para melhorar a subcompetência linguística dos alunos de uma Língua Estrangeira (LE), paliando as interferências da sua L1.Na prática dos docentes, subsistem, ainda, vestígios das metodologias desterradas, particularmente nos manuais, muito embora camuflados devido aos preconceitos didáticos, o que supõe uma aplicação desenraizada, desvirtuadas as suas mais-valias; simultaneamente, por ter sido degredado da literatura pedagógica e didática, o ensino da gramática carece de uma investigação académica e editorial que melhore a sua programação e uso.5Os resultados da nossa investigação empírica, fruto da investigação-ação implementada, permitem-nos recomendar o uso programado de drills no combate à interferência de L1 na interlíngua dos aprendentes, advogando, portanto, a sua recuperação no campo da Didática das Línguas, no seio de uma abordagem comunicativa do ensino-aprendizagem de uma LE.Palavras-chave: Abordagem Comunicativa; Didática das Línguas; Drills; Fossilização; Interferência de L1; Interlíngua
O ensino e a aprendizagem de línguas próximas são aa áreas temáticas deste trabalho. Focalizamo-nos nas interferências da Língua Materna (L1) na interlíngua dos alunos e, simultaneamente, na recuperação dos “drills” (alvos de preconceito didático). No ensino-aprendizagem do Português e do Espanhol, persistem múltiplos erros, ou “fossilizações” (Selinker, 1971), que sugerem “transferência negativa” de L1 (Martínez Agudo, 2004). Sustentados na literatura a respeito, reconhecemos-lhe dificuldades acrescidas, decorrentes, entre outros fatores, do “mito da facilidade” (Almeida Filho, como citado em Alonso Rey, 2005), requerendo, assim, adaptações didáticas que minimizem a interferência.Com o advento da abordagem comunicativa, o ensino-aprendizagem da gramática foi desprezado e, com ele, descartados, os drills enquanto ferramentas didáticas. No entanto, investigações recentes, como as de Sánchez Carrón (2015) ou López García (2016), sugerem uma revisão crítica dos enfoques comunicativos, recomendando uma colaboração entre modelos, na medida em que a mudança de paradigmas no ensino-aprendizagem das línguas supôs, inexoravelmente, a marginação dos seus antecedentes (Mira & Mira, 2002). Nesta linha investigativa, inscreve-se esta tese, dando a conhecer a importância do uso programado dos drills para melhorar a subcompetência linguística dos alunos de uma Língua Estrangeira (LE), paliando as interferências da sua L1.Na prática dos docentes, subsistem, ainda, vestígios das metodologias desterradas, particularmente nos manuais, muito embora camuflados devido aos preconceitos didáticos, o que supõe uma aplicação desenraizada, desvirtuadas as suas mais-valias; simultaneamente, por ter sido degredado da literatura pedagógica e didática, o ensino da gramática carece de uma investigação académica e editorial que melhore a sua programação e uso.5Os resultados da nossa investigação empírica, fruto da investigação-ação implementada, permitem-nos recomendar o uso programado de drills no combate à interferência de L1 na interlíngua dos aprendentes, advogando, portanto, a sua recuperação no campo da Didática das Línguas, no seio de uma abordagem comunicativa do ensino-aprendizagem de uma LE.
Palavras-chave: Abordagem Comunicativa; Didática das Línguas; Drills; Fossilização; Interferência de L1; Interlíngua