NEWSLETTER
Trimestral | Nº 03 - 2017
Formação Avançada

Doutoramento em Bioquímica
O Envolvimento de Proteínas Salivares na Sensibilidade Gustativa
Lénia Isabel Alfaiate Rodrigues

O Envolvimento de Proteínas Salivares na Sensibilidade Gustativa

Orientação:  Elsa Cristina Carona de Sousa Lamy &Francisco Manuel Lemos Amado & Cristina Maria dos Santos Conceição Pinheiro

A variabilidade na sensibilidade gustativa é considerada relevante na aceitação dos alimentos e desenvolvimento de doenças associadas ao comportamento alimentar. Os gostos doce e amargo induzem, respetivamente, aceitação ou aversão inatas. Apesar da contribuição genética, esta não explica completamente as diferenças interindividuais e sendo a saliva o principal constituinte do ambiente exterior das células recetoras do gosto, contactando diretamente com os alimentos, a sua composição poderá condicionar a perceção gustativa. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a relação entre a composição salivar e a sensibilidade para os gostos doce e amargo.
A componente prática dividiu-se em dois ensaios, um com jovens adultos e outro com crianças, em que foram realizados testes sensoriais, recolhas de saliva e avaliações antropométricas. Nas crianças foram ainda avaliadas preferências alimentares. O maior enfoque dado à saliva foi relativamente à composição proteica, avaliada com recurso a técnicas de separação, identificação e imunomarcação. Contudo, parâmetros como cortisol e leptina salivares foram também avaliados dado o seu possível envolvimento na perceção oral e relação com Índice de Massa Corporal (IMC).
A relação entre proteínas salivares (ex. cistatinas, α-amilase, proteína indutora de prolactina) e sensibilidade foi observada para ambos os gostos, mas de forma diferente para cada um deles. Também foi observada a influência do sexo e IMC na relação entre saliva e gosto. Algumas diferenças poder-se-ão dever à contribuição diferente das diferentes glândulas salivares para o total da saliva, que também poderá diferir entre normoponderais e excesso de peso. Tendo-se confirmado, no presente estudo, que a sensibilidade gustativa se relaciona com as preferências e uma vez que os resultados sugerem que a mesma pode ser moldada por condições hormonais (ex. leptina) e/ou estados emocionais (ex. cortisol), é de realçar a relevância que o conhecimento do meio oral pode ter na compreensão da aceitação e escolhas alimentares.

Palavras-chave:  Sensibilidade gustativa; proteoma salivar; doce; amargo

Agenda
02.10.2017, 14:30, Sala 205 do Palácio do Vimioso na Universidade de Évora
19.10.2017, 14:30, Sala dos Atos da Reitoria da Universidade da Beira Interior
From 02.11.2017 to 16.11.2017
Palácio do Vimioso
From 03.11.2017 to 17.11.2017
Palácio do Vimioso
II Ciclo de Conferências
From 19.05.2017 to 24.11.2017
18:30 | Beja | Elvas | Castelo de Vide | Serpa | Portalegre | Estremoz
Ciclo de Conferências do Departamento de Economia - 2017-2018
From 13.09.2017 to 31.07.2018