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Trimestral | Nº 03 - 2017
Formação Avançada

Doutoramento em História da Arte
Estudo do Fabrico e da Degradação de Azulejos Portugueses Históricos
Maria de Lurdes Moura Lopes Esteves Brito

Estudo do Fabrico e da Degradação de Azulejos Portugueses Históricos

Orientação: João Manuel Mimoso & António Estevão Candeias & Paulo Simões Rodrigues

O uso ininterrupto do azulejo em Portugal durante mais de cinco séculos estabeleceu um gosto nacional e definiu um entendimento deste tipo de revestimento sem paralelo noutros países. Esta herança cultural única é contudo frágil e sujeita a um decaimento contínuo. Muitos casos de degradação estão associados a eflorescências que são comummente apontadas como responsáveis. Mas a sua presença não é constante e pode ser circunstancial. Foram reflexões deste tipo que conduziram à investigação cujos resultados agora se apresentam.
A compreensão das causas da degradação e do papel dos seus agentes requer um conhecimento de base das matérias-primas e das técnicas da sua transformação, o que conduziu a incluir no presente trabalho um levantamento dos antigos processos de fabricação dos azulejos, desde finais do séc. XVI até ao século XIX.
Para a sistematização das formas de degradação in situ, correlacionando-as, quando possível, com a ocorrência de eflorescências, foram inspecionados 31 imóveis azulejados, distribuídos pelo território continental português.
As eflorescências resultam da secagem dos corpos cerâmicos dos azulejos molhados por soluções provenientes dos suportes. A avaliação da perigosidade de diversas dessas possíveis soluções foi feita através de ensaios de envelhecimento acelerado que pretenderam simular em laboratório condições que podem ter ocorrido em obra, com o objetivo de tentar reproduzir a degradação física encontrada, correlacionando-a com uma agressão que a possa ter causado.
Para a parte experimental foram utilizados azulejos portugueses dos séculos XVII ao XIX, alguns dos quais com fragilidades iniciais constituídas por defeitos de fabricação ou por degradações anteriores. Conseguiu-se reproduzir, quer fases iniciais de degradação, quer o aprofundamento de estados patológicos já existentes. Em particular obteve-se experimentalmente, cremos que pela primeira vez, o destacamento do vidrado sem material cerâmico aderente provando-se que, pelo menos nalguns casos, resulta de um ataque alcalino à interface entre o vidrado e a chacota.

Palavras-chave: Azulejo histórico; degradação de azulejos.

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Tese apresentada à Universidade de Évora para obtenção do Grau de Doutor em História de Arte, Programa Doutoral Rede HERITAS - Estudo de Património

Agenda
02.10.2017, 14:30, Sala 205 do Palácio do Vimioso na Universidade de Évora
19.10.2017, 14:30, Sala dos Atos da Reitoria da Universidade da Beira Interior
From 02.11.2017 to 16.11.2017
Palácio do Vimioso
From 03.11.2017 to 17.11.2017
Palácio do Vimioso
II Ciclo de Conferências
From 19.05.2017 to 24.11.2017
18:30 | Beja | Elvas | Castelo de Vide | Serpa | Portalegre | Estremoz
Ciclo de Conferências do Departamento de Economia - 2017-2018
From 13.09.2017 to 31.07.2018