Orientação: Marília Pisco Castro Cid
A avaliação das aprendizagens tem vindo a assumir um papel importante no campo da investigação em Educação, uma vez que se encontra ligada aos componentes dos processos de ensino e de aprendizagem, numa perspetiva formativa e reguladora, possibilitando o desenvolvimento de competências de autorregulação dos processos de aprendizagem através do feedback , da autoavaliação e avaliação por pares, ajudando o aluno a “aprender a aprender”.
Nesta sequência de ideias, surgiu a preocupação em estudar duas salas de aula, de dois anos de escolaridade distintos, 7.º ano do ensino básico na disciplina de Ciências Naturais, e 11.º ano do ensino secundário na disciplina de Biologia e Geologia. Pretendemos conhecer as práticas de avaliação implementadas pelo professor em duas salas de aula de anos de escolaridade diferenciados, bem como as perceções do professor e dos alunos no que respeita à avaliação das aprendizagens.
Assim, esta investigação enquadra-se numa abordagem qualitativa e interpretativa, na forma de um estudo de caso instrumental, em que foram estudadas as duas turmas em referência.
Quanto à recolha de dados, esta baseou-se na realização de entrevistas, na observação direta de aulas e na análise de documentos utilizados. O tratamento de dados foi efetuado através da técnica de análise de conteúdo.
Os resultados do estudo indicam que nas salas de aula das duas turmas em análise prevalecem práticas de avaliação mais orientadas para a classificação e seleção dos alunos do que para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação formativa é praticada pontualmente aquando da revisão de conteúdos e raramente numa perspetiva reguladora do processo de ensino e de aprendizagem.
Destaca-se ainda a predominância do conceito de avaliação como medida nas perceções de professor e alunos, o que influencia fortemente as práticas avaliativas implementadas em sala de aula.
Palavras Chave: Avaliação das aprendizagens, práticas avaliativas, perceções sobre avaliação.
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