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Trimestral | Nº 01 - 2017
Investigação & Divulgação

Assinatura de Acordo de Cooperação - Rede Nacional de Escolas Doutorais
Ana Costa Freitas | Reitora da Universidade de Évora

Assinatura do Acordo RnED

Creio que este é um marco muito relevante para as nossas universidades.

Com a assinatura do acordo de cooperação que permitirá a criação de uma Rede Nacional de Escolas Doutorais, a RnED, estamos a dar mais um passo na corporização de um caminho lógico e necessário: o da colaboração permanente entre instituições de ensino superior portuguesas.

Neste caso, estamos a efectivar uma estrutura de cooperação entre as nossas Escolas Doutorais, que visa o estabelecimento dos mais elevados padrões de qualidade e o estímulo e a harmonização de boas práticas, ao nível dos nossos Programas de Doutoramento.

Não me vou debruçar aqui sobre o conteúdo específico do acordo de cooperação, sobre como funcionará esta importante rede, deixando tal para aos meus colegas de mesa, mas gostaria de deixar aqui apenas duas ou três notas:

Se todos os graus de ensino são importantes, os terceiros ciclos, e a sua necessária ligação estreita com o tecido científico e com as dinâmicas de investigação e inovação, têm nas Universidades uma centralidade:

. são o garante e os alicerces de qualquer sistema científico competitivo, pelo que produzem, e pelos resultados da formação que conferem.

Neste sentido, sublinha-se a relevância de uma estratégia integrada que conjugue as componentes vitais para uma formação avançada sólida, através da proximidade entre ambientes de formação  e de investigação .

A aposta na formação avançada de qualidade significa, pois, uma aposta clara na investigação e na inovação, e neste sentido, é cada vez mais relevante o contacto precoce dos estudantes com actividades de investigação para garantir a construção de um espírito científico sólido e estimular o interesse pela Ciência, o que é essencial, se queremos responder aos desafios dos nossos tempos.

Formação e investigação interpenetram-se, estando os centros de I&D no epicentro. De facto, só com centros de I&D fortes, bem dotados em termos de recursos humanos, tecnológicos e financeiros, inseridos em redes científicas nacionais e internacionais e capazes de proporcionar ambientes criativos propícios ao desenvolvimento de novas ideias e projetos, se podem encontrar, em contínuo, as respostas que almejamos, promovendo o avanço científico e tecnológico, e, por esta via, a sustentabilidade, o bem-estar económico-social e a qualidade de vida.

É assim que a este nível é tão relevante o funcionamento em rede, sem olhar a fronteiras físicas ou mesmo disciplinares, potenciando e integrando o que cada um faz melhor, a bem de um Conhecimento que responda aos desafios mais prementes.

Desta forma, todos os passos que possamos dar, através de um diálogo permanente, de trabalho conjunto e da constituição de redes abrangentes e transdisciplinares, são contributos reais para um Ensino Superior de qualidade e que deve ser de referência no contexto internacional.

Gostaria de terminar enfatizando este ponto:

Cada vez mais, tudo o que diz respeito ao ensino superior deve ser discutido de forma colaborativa, transdisciplinar e no âmbito de redes dedicadas. Seja no seio das nossas instituições, seja entre instituições. Com as responsabilidades que as instituições de ensino superior têm na nossa sociedade, nesta Era do Conhecimento, não é mais possível agir consequentemente de forma isolada. Os tempos mudam de forma acelerada e as nossas universidades têm que responder aos desafios que eles trazem. É o que estamos a fazer com assinatura do presente acordo.

Agenda
Lançamento e Apresentação Global do PIAAC-AC
Seminário de Alteraçõies Climáticas
At 03.04.2017
09:30 | Colégio do Espírito Santo | Sala 131
At 04.04.2017
13:00 | Sala 124, Colégio do Espírito Santo (13 horas)